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Notícias

15 November 2018

Costa anuncia 130 congressos e um pacote de novos apoios ao turismo em ano das eleições

O primeiro-ministro foi ao congresso dos hoteleiros anunciar a criação de mais linhas e apoios a fundo perdido para o turismo. E deixou expressas as suas preocupações com o Brexit    Em 2019 Portugal vai receber mais 130 congressos, o Governo vai c riar uma nova linha de apoios de 130 milhões de euros para financiar a criação de projetos turísticos (a Capitalizar Turismo), além de lançar apoios a fundo perdido de 40 mil euros por projeto para as PME do sector melhorarem a eficiência energética e ambiental. Estas foram algumas das novidades anunciadas por António Costa, primeiro-ministro, na abertura do congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que começou esta quinta-feira em Lisboa, no pavilhão Carlos Lopes, e decorre até 16 de novembro., sob o tema "Turismo: que futuro queremos?".    No congresso dos hoteleiros, Costa fez um balanço dos apoios ao turismo realizado pelo seu Governo: lembrou que nos últimos três anos foram apoiados 1271 projetos turísticos envolvendo investimentos de 1500 milhões de euros e também que foram criadas 229 rotas e 285 novas operações aéreas. Enfatizou o "grande contributo que o turismo tem dado ao país" e recordou que os resultados do sector "foram os mais altos de sempre em 2017, em que tivemos 400 mil pessoas a trabalhar em turismo e o sector gerou receitas de 15 mil milhões de euros".    O primeiro-ministro garantiu aos participantes no congresso da hotelaria que "podem contar com o Governo como um parceiro ativo nos próximos anos". E deixou expressa a preocupação com a saída do Reino Unido da União Europeia, cujo acordo já foi assinado, defendendo ser "essencial fazer um trabalho específico no mercado britânico, que historicamente é o principal mercado turístico para Portugal, e já estamos a sentir uma redução nestes turistas".    Não baixar os preços nos hotéis por causa da falta do aeroporto, apela a AHP    Na abertura do congresso Raul Martins, presidente da AHP, também apelou ao primeiro-ministro que "é vital concretizar o acordo celebrado entre o Governo e a Vinci para a construção do aeroporto do Montijo", sustentando que esta infraestrutura, a par das alterações nos aeroportos Humberto Delgado e Francisco Sá Carneiro, levarão a"fazer crescer o número total de passageiros em mais de 25% e permitir um aumento do PIB nacional de 2 pontos percentuais, atingindo a média europeia de 10% para o turismo".    Raul Martins advertiu os hoteleiros que "os próximos dois a três anos, até à construção do novo aeroportos em Lisboa, não permitirão o ritmo de crescimento na ocupação e preço médio dos últimos três anos". Mas diz que esta não pode ser uma "razão para reduzir os preços, mas sim para aumentar o valor percepcionado e o serviço prestado", pois só assim poderemos enfrentar a nossa concorrência direta". Em 2017 o preço médio dos hotéis cresceu 12% e em 2018 deverá subir mais de 7%, segundo adiantou o presidente da AHP.  in Expresso online, por Conceição Antunes

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15 November 2018

Raul Martins: “Mais precisa de ser feito para garantir a sustentabilidade do Turismo”

Começa hoje o 30.º Congresso Nacional da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que neste ano comemorativo, regressa a Lisboa, ao Pavilhão Carlos Lopes, para debater o “Turismo: Que Futuro Queremos?”.        Raul Martins, presidente da AHP, deu as boas-vindas aos “cerca de cinco centenas de participantes” frisando que este número “é bem testemunho da inegável importância que o Turismo tem para a economia nacional”: 8% do PIB, 20% do total de exportações e um impacto direto no emprego de 9%.    O responsável afirma que “a economia portuguesa não é sustentável sem o Turismo. No entanto, mais precisa de ser feito para garantir a sustentabilidade do Turismo.” Um fator determinante é a acessibilidade aérea ao país “da qual dependem cerca de 80% das chegadas de turistas”. Assim, Raul Martins deixa a mensagem ao primeiro-ministro de que é vital “concretizar o acordo celebrado entre o Governo e a VINCI para a construção do aeroporto do Montijo”.    O novo aeroporto e as alterações nos aeroportos Humberto Delgado e Sá Carneiro irão permitir fazer crescer o número de passageiros em mais de 25% e aumentar o PIB em 2%, atingindo então a média europeia de 10% para o Turismo.    Outro problema, é “a falta de regulamentação do Alojamento Local (AL) que tem um impacto nem sempre positivo nas cidades”, sobretudo no centro histórico. É assim necessário promover a construção da habitação para arrendamento de forma a atrair e fixar população.    E “se a Web Summit é importante, verdadeiramente importante é o aumento da capacidade da FIL e a construção de um centro de congressos”, conforme anunciado pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina. Tal ambição será concretizada com recurso à Taxa Turística com a qual a AHP concordou.    A sessão de abertura terminou com os votos do presidente da AHP que este Congresso “nos ajude a traçar a rota do futuro do Turismo e da Hotelaria”. 

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12 November 2018

Hotéis de Lisboa querem dar noite extra aos turistas para compensar falta de novo aeroporto

Saturação da Portela ameaça fazer descer de 75% para 45% a ocupação dos hotéis “A situação é grave.” A saturação do aeroporto de Lisboa, os atrasos e as incógnitas que ainda pesam sobre o novo projeto no Montijo levam a esta constatação extrema de Raul Martins, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e dono do grupo Altis. “É urgente adotar medidas preventivas em relação ao aeroporto, o que não está no ADN do português. Não podemos agir como nos incêndios, ficar à espera para depois apagar os fogos.” A AHP tem um conjunto de propostas que visam minimizar os impactos deste obstáculo ao crescimento turístico até o novo aeroporto estar operacional. Uma delas é alargar a permanência dos turistas em Lisboa através da oferta de uma noite extra nos hotéis. Segundo o presidente da associação, a ideia é que quem fique no mínimo três noites em hotéis a partir de três estrelas, tenha uma quarta noite paga pelo hotel. “Propusemos esta campanha, que está a ser estudada pela Associação do Turismo de Lisboa, com o objetivo de conseguir, com o mesmo número de passageiros, aumentar a estadia total”, explica Raul Martins. É uma espécie de milagre da multiplicação dos pães - e seguindo o mesmo princípio de conseguir crescimento turístico sem contar com a possibilidade de mais rotas do lado do aeroporto, a AHP também propõe que as companhias aéreas equacionem “aumentar a capacidade dos aviões, para que no mesmo 'slot' possa haver aviões maiores”. Raul Martins defende ainda que “a TAP precisa do fecho da pista 1735 para ter mais estacionamento de aviões, essa pista tem uma ocupação anual de 1%, é uma coisa que se pode fazer e depende do Governo”. Lembrando que o aeroporto de Lisboa funciona como um 'hub' de distribuição de voos para todo o país, a associação hoteleira avança outra proposta, no sentido de reforçar a operação turística diretamente para as regiões e sem passar pela capital. “Se Lisboa vai ter dificuldades próprias, o Governo tem de criar mais incentivos para as companhias voarem diretamente para outros aeroportos do país, como no Algarve, Porto, Madeira e Açores. Há muitas companhias interessadas, 'low cost' e não só, em voar para esses aeroportos”, frisa Raul Martins. “A situação do aeroporto também pode vir a ser atenuada com o novo sistema de controlo de tráfego aéreo que fica operacional no final de 2020”. Receitas dos hotéis sobem 12% apesar da ocupação estagnar Os hoteleiros sentem cada vez mais na pele o travão de ter um aeroporto saturado, numa altura em que o turismo está a crescer a nível mundial. Raul Martins enfatiza que a ocupação em Lisboa este ano estagnou, e até setembro caíu 1,6%, enquanto o número de passageiros desembarcados aumentou 10%. “Isto significa que a oferta hoteleira aumentou, e se continuar a crescer como até aqui, em quatro anos sobe 40%”, nota o presidente da AHP, frisando que se nada for feito a nível de expansão de capacidade do aeroporto, “a ocupação hoteleira média nacional, que atualmente é de 75%, pode baixar para 45%”. A nota positiva é que as receitas dos hotéis têm vindo a crescer. “Este ano a faturação aumentou 12% até setembro, apesar de termos tido a mesma taxa de ocupação, até com um ligeiro decréscimo”, refere o responsável da associação hoteleira, concluindo que “o preço médio em Portugal tem subido, uma conquista que resulta da melhor qualidade dos empreendimentos turísticos”. Depois da Web Summit, vem aí o evento do Guia Michelin e os World Travel Awards A AHP concorda com a duplicação da taxa turística em Lisboa, de €1 para €2 por noite, para que estas receitas possam reverter para a construção de um grande centro de congressos, há muito reclamado pelos agentes do sector. “Essa foi uma condição para fechar o acordo com a Web Summit. Vamos poder ter grandes congressos, acima de 10 mil pessoas, que não cabem hoje na FIL”, refere Raul Martins, sustentando que um centro de congressos para acolher grandes eventos é uma necessidade sentida pela hotelaria, que já teve ocupações próximas dos 100% nos dias da Web Summit. Até ao final do ano, Lisboa vai ser palco de outros eventos mediáticos, designadamente a apresentação do Guia Michelin de Portugal e Espanha, a 21 de novembro (que envolve um jantar para 500 pessoas), ou a final mundial dos World Travel Awards, conhecidos como os 'óscares do turismo', que decorre no Pátio da Galé, a 1 de dezembro. “São eventos que vão trazer líderes de opinião do turismo e dão uma visibilidade grande ao destino. Para os hotéis são muito importantes, até porque decorrem fora da época alta”, sublinha Raul Martins, enfatizando aqui a importância de Lisboa ter um grande centro de congressos para poder atrair eventos de maior dimensão numa base regular. “Esta negociação do presidente da câmara para a criação desta infraestrutura em Lisboa merece o nosso grande aplauso”, salienta o presidente da AHP, lembrando que o compromisso que ficou expresso com a Web Summit foi o de ter o novo centro de congressos pronto a funcionar em quatro anos. “Vai haver um salto em 2023, é o ano em que tudo se torna operacional, coincidindo com a duplicação da capacidade do aeroporto”, sublinha Raul Martins. “Até lá vamos sofrer, em especial a hotelaria de Lisboa”. A AHP vai promover a 15 e 16 de novembro o seu congresso anual, que nesta 30ª edição decorre em Lisboa, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa. “Turismo: que futuro queremos?” é o tema do congresso, que vai integrar sete painéis que irão debater questões como o posicionamento de Portugal enquanto destino turístico, oportunidades e tensões que atravessam as várias regiões do interior ao Algarve, além das novas tendências. Na abertura do congresso vai estar presente o primeiro-ministro, António Costa. in Expresso Diário, por Conceição Antunes  

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04 November 2018

Web Summit de A a Z

Tudo o que precisa de saber sobre o evento que arrança na segunda-feira e vai até 8 de novembro.         A cimeira tecnológica Web Summit regressa, entre segunda e quinta-feira, a Lisboa, onde ficará por mais 10 anos, com a organização a prometer "a melhor edição", mas sem se livrar de polémicas neste e nos dois anos anteriores.     A Web Summit chegou a Lisboa em 2016 e trouxe 53 mil pessoas de 166 países, 15 mil empresas, 7.000 presidentes executivos, 700 investidores de topo e 2.000 jornalistas internacionais.     No ano passado, estes números subiram, para um total de 60 mil participantes de 170 países, 1.200 oradores, duas mil ''startups'', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.     As polémicas     Porém, estas duas edições anteriores ficaram marcadas não só pela dimensão e pelo crescimento do evento, mas também por polémicas.     Na edição de 2016, verificaram-se várias dificuldades nos acessos (rodoviários e por transportes públicos, como o metro) ao Parque das Nações, zona do evento, bem como problemas na entrada, com alguns participantes a não conseguirem assistir à cerimónia de abertura, por exemplo.     Já no ano passado, foi no final do evento que a polémica se instalou, devido à utilização do espaço do Panteão Nacional para a realização de um jantar exclusivo para convidados da Web Summit, situação que motivou várias críticas e levou a organização a pedir desculpas "por qualquer ofensa causada" e a garantir que o evento, "conduzido com respeito", cumpriu as regras do local.     Para este ano, a organização já prometeu "a maior e a melhor" edição de sempre, com novidades e mais de 70 mil participantes.     Ainda assim, a lista de oradores desta edição já deu que falar, levando o presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, a retirar o convite à líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, para integrar a lista de oradores, depois das críticas de vários setores.     O Governo português chegou mesmo a esclarecer que não tinha intervenção na seleção de oradores da cimeira.     Origem da Web Summit     Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com centenas de colaboradores.     Em 2016, a cimeira mudou-se para Lisboa, com uma previsão inicial de ficar três anos. Porém, no início de outubro deste ano, foi anunciado que o evento continuará a ser realizado em Lisboa por mais 10 anos, ou seja, até 2028, mediante contrapartidas anuais de 11 milhões de euros e a expansão da Feira Internacional de Lisboa (FIL).     O acordo prevê ainda uma cláusula de rescisão de 3,4 mil milhões de euros, o que significa que se a Web Summit quiser sair, terá de indemnizar o Estado. Este montante corresponde ao impacto total estimado do evento, já que, segundo fonte da Câmara de Lisboa, se traduz em 340 milhões de euros por cada ano de incumprimento do acordo.     O Governo estima, assim, que a atividade económica gerada por este evento atinja mais de 300 milhões de euros, a par de 30 milhões encaixados em receitas fiscais.     Localização     À semelhança das duas edições anteriores, a Web Summit decorre entre segunda e quinta-feira no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na FIL, em Lisboa.     Principais novidades     A terceira edição terá "três novos palcos": o "DeepTech", no qual estará em foco o impacto de tecnologias como a computação e a nanotecnologia na indústria e na vida quotidiana; o "UnBoxed", onde críticos de tecnologia irão analisar produtos eletrónicos; e ainda a "CryptoConf", que debaterá assuntos como as moedas digitais.     Ao todo, serão 25 diferentes conferências dentro de uma só cimeira para discutir realidades relacionadas com a tecnologia, em áreas como o ambiente, o desporto, a moda e a política.     A edição de 2018 em números     - Mais de 70 mil participantes, oriundos de mais de 170 países;    - Mais de 20.000 empresas e mais de 1.000 ''startups'';    - Mais de 1.000 investidores e cerca de mil oradores;    - Mais de 2.500 jornalistas internacionais;    - Uma competição de ''pitch''com 200 concorrentes;     Preços dos bilhetes estão a rondar os 1.000 euros (base), os 5.000 euros (para diretores) e os 25 mil euros (para presidentes de Conselho de Administração);     A estes acrescem 10 mil bilhetes vendidos a cinco euros para jovens entre os 16 e os 23 anos e 10 mil bilhetes mais baratos destinados a mulheres empreendedoras no âmbito do programa Women in Tech.     Alguns dos oradores presentes     Quanto aos oradores deste ano, destacam-se personalidades como o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, a atriz Maisie Williams, o presidente executivo do eBay, Devin Wenig, o presidente executivo da Nestlé, Mark Schneider, o ''designer''de moda Alexander Wang e o presidente da Microsoft Corporation, Brad Smith, entre outros.     Do grupo de oradores portugueses fazem parte o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o comissário europeu Carlos Moedas, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.     Principais parceiros do evento     Amazon Web Services, KPMG, Booking.com, BMWi, Mercedes-Benz.io, Volkswagen We, IBM, Cisco, Siemens, Microsoft, Google, Altice, EDP.     Transportes     Relativamente aos transportes públicos, o Metropolitano de Lisboa vai monitorizar a circulação na linha Vermelha durante a realização da Web Summit, com o objetivo de procurar ajustar a oferta à procura, além de reforçar o serviço de apoio ao cliente em várias estações.     Ao mesmo tempo, vai permitir a todos os participantes da cimeira da tecnologia a aquisição prévia de títulos de transporte, através de uma plataforma digital, com recurso ao pagamento com cartão de crédito.     O Metro vai ainda, em conjunto com a Carris e a CP - Comboios de Portugal e, em coordenação com a organização da Web Summit, estar presente nos locais de acreditação do evento, nomeadamente no Aeroporto e na FIL a prestar informação e encaminhamento dos visitantes, além de vender os títulos de transporte nesses locais.     O segundo e o quarto (e último) dia do evento serão marcados por greves parciais dos trabalhadores do Metropolitano, entre as 06:00 e as 09:30, que justificam a paralisação com a discordância com a proposta de atualização salarial plurianual de 24,50 euros para os anos de 2018 e 2019, que deverão perturbar o serviço.     Já para quem se deslocar de carro, a partir de domingo e até ao final do evento, estão previstos condicionamentos à circulação automóvel em toda a zona envolvente do Parque das Nações, sob vigilância policial.     A Alameda dos Oceanos, no sentido norte-sul, entre a Rotunda dos Vice-Reis e a Avenida do Índico, estará circulável, mas a circulação estará interrompida na Alameda dos Oceanos junto à FIL, entre o Pavilhão de Portugal e a rotunda dos Vice-Reis (sentido sul-norte).     Estará também cortada a Rua do Bojador, no troço entre o Altice Arena e a Feira Internacional de Lisboa (troço nascente-poente) e a Avenida do Atlântico, entre a Feira Internacional de Lisboa e a Praça Sony.     Estarão condicionadas a Rua do Bojador entre a Avenida da Boa Esperança e o Altice Arena e a Avenida da Boa Esperança entre a Rotunda dos Vice-reis e o Hotel Myriad.     Para quem optar por táxis, a empresa Cooptáxis divulgou que terá parte da frota com mil táxis e profissionais "mobilizados e focados" no evento.     Já para os utilizadores de plataformas eletrónicas de transporte, a Taxify anunciou que vai disponibilizar carros de seis lugares.     No que toca às chegadas ao país por via aérea, a ANA - Aeroportos de Portugal garantiu, numa resposta escrita enviada à agência Lusa, que "o Aeroporto Humberto Delgado [em Lisboa] está preparado para fazer face ao volume de visitantes previsto".     A ANA nota ainda que "a preparação do acolhimento dos visitantes é feita com bastante antecedência", o que se reflete, de acordo com a gestora aeroportuária, na "criação de espaços próprios que não só geram melhores fluxos na credenciação do evento como fornecem melhor serviço aos participantes", bem como no "reforço do serviço de ''''wi-fi'' para fazer face ao acréscimo de utilização".     "Há espaços dedicados à credenciação de todos os visitantes, bem como de grupos específicos, e acessos de estacionamento e outros no sentido de agilizar o acolhimento deste elevado fluxo de visitantes", refere a ANA, adiantando que vai ainda "reforçar a sinalética e o acompanhamento de passageiros" nos dias anteriores e do evento.     Segurança     A PSP anunciou que irá adotar medidas de segurança adicionais e cortar vias à circulação automóvel a partir de domingo no Parque das Nações, em Lisboa, devido à realização da ''Web Summit''2018 na próxima semana.     Em comunicado, a PSP destacou que, "apesar de não ter existido um aumento do nível do grau de ameaça para a edição deste ano, relativamente à de 2017", serão tomadas "medidas de segurança adicionais" centradas "na prevenção e proatividade", com a delimitação de perímetros e no controle de visitantes nas entradas, que passam pela utilização de detetores de metais e aparelhos de Raio-X.     Telecomunicações     As três operadoras móveis Altice Portugal, NOS e Vodafone Portugal vão reforçar as suas redes devido à Web Summit, com a dona da Meo a assumir o desafio de duplicar os dados que circulam nas suas redes.     "A Altice Portugal, parceira tecnológica da Web Summit, dotou os locais onde decorre o evento - FIL e Altice Arena - com rede ''wi-fi'' de última geração, tendo sido esta uma das principais razões para a transferência do evento da Irlanda em Portugal", indicou a dona da Meo à Lusa.     Assim, "serão asseguradas todas as condições para dotar os espaços com cobertura ''wi-fi'' de alta densidade e alta disponibilidade, adequadas ao nível de exigência e à dimensão internacional do evento, para o qual se prevê a presença simultânea de mais de 67 mil dispositivos", acrescentou.     No ano passado, o número total de dispositivos ligados à rede ''wifi''no evento foi superior a 50.000, representando mais de 2,1 milhões de sessões e 45 terabytes (TB) de dados.     Por sua vez, a NOS "vai realizar um reforço da rede móvel nas tecnologias 2G, 3G e 4G em toda a envolvente do Parque das Nações, através da colocação de uma torre móvel temporária e ''upgrade'' de rede nas estações que servem a área", informou fonte oficial.     "Também serão reforçadas, a nível de rede móvel, outras zonas como Chiado, Bairro Alto, Príncipe Real, Lx Factory e Cais do Sodré. A linha vermelha do metro de Lisboa, apesar de este ano já ter sido integrada no plano geral de melhoria da rede da NOS, também será alvo de intervenção com aumento de capacidade face ao volume de visitantes esperado", acrescentou a NOS.     A Vodafone Portugal sublinhou que "sempre que ocorrem eventos de grande dimensão" a operadora "leva a cabo planos dedicados de reforço de cobertura e capacidade da sua rede de comunicações móveis"", sendo que a Web Summit"é um desses exemplos, enquanto evento onde são esperados mais de 70 mil pessoas com necessidades de comunicação muito exigentes".     Na última edição, acrescentou, foram gerados 6TB de dados e mais de 700 mil minutos de tráfego de voz na rede Vodafone, "não se tendo registado qualquer falha ou anomalia".     Em todo o espaço em que decorre o evento encontram-se instaladas mais de 30 antenas e pontos estratégicos dentro e fora do recinto, que reforçam a capacidade da rede móvel nos ambientes onde há bastante utilização de dados, adiantou a Vodafone, sublinhando que este ano a operadora "instalou ainda uma antena especial com tecnologia ''Massive Mimo''", que servirá de base ao 5G - a quinta geração móvel, que no mercado português "é apenas utilizada pela Vodafone".     Alojamento e restauração     A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) estimou uma "ocupação próxima dos 100%" nos estabelecimentos de Lisboa na próxima semana, devido à realização da cimeira de tecnologia Web Summit, o que se deverá refletir nos preços.     "Prevê-se que os hotéis da cidade de Lisboa possam fechar com uma ocupação muito próxima dos 100% naquela semana [a próxima] e o preço naturalmente irá ajustar-se", indicou a AHP numa resposta escrita enviada à agência Lusa.     Segundo esta entidade, nas duas edições anteriores, "há a registar que os participantes ficaram na hotelaria da cidade, mas também em toda a região de Lisboa".     "Outras formas de alojamento também foram bastante procuradas, sobretudo pelos participantes mais jovens", acrescentou.     Por seu lado, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) prevê que os participantes na Web Summit gastem mais de 61 milhões de euros nos quatro dias da conferência internacional de tecnologia.   in Rádio Renascença Online, por Teresa Abecassis

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