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Notícias

16 November 2018

Calheiros diz que Governo não cumpriu o que prometeu

Francisco Calheiros abre segundo dia do congresso da AHP e sublinha que o sucessos alcançados obrigam a olhar para o futuro com responsabilidade.        “Na IV Cimeira do Turismo, em setembro, o primeiro-ministro garantiu que ‘aguardava unicamente a decisão em matéria de impacto ambiental para poder tornar a decisão da Portela+Montijo absolutamente irreversível’. Estamos em Novembro e nada aconteceu”, disse esta sexta-feira Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no segundo dia do 30.º Congresso da Associação da Hotelaria de Portugal, que decorre em Lisboa.    Calheiros direcionou a intervenção para o tema do congresso: “Turismo: que futuro queremos?”. “Esta pode ser a pergunta para um milhão de euros, mas eu encaro-a como a pergunta para um milhão de desafios. Porque são muitos aqueles que nos esperam”, disse. 

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16 November 2018

“Não há turistificação em Lisboa”

A afirmação é de Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e director-geral da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), um dos oradores do 30º Congresso Nacional da AHP, em Lisboa.        Com a intervenção anterior ao painel “Tensões, Conflitos e Oportunidades nas Áreas Metropolitanas”, onde foram debatidos temas como turistificação, gentrificação, capacidade de carga e cidades HUB, Vítor Costa aproveitou para referir que ““alguns destes temas têm sido utilizados pelos detractores do Turismo como verdadeiras armas de arremesso”, e que já começou a causar danos na reputação de Lisboa, nomeadamente nos mercados internacionais, onde se inclui o poder político e que se reflecte em decisões legislativas.    Para o presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa o importante é afirmar que “não existe um problema de turistificação” na capital portuguesa, sendo que a “capacidade de carga da região está muito longe de se esgotar e a gentrificação dos centros históricos já vem de décadas”, com os transportes públicos a sofrerem de um alto défice de prioridade, de coordenação, investimento e má gestão. Mais. Se o turismo desaparecer isso não significa a resolução destes problemas. Pelo contrário. “Agravam-se”.    Para quem afirma que Lisboa tem mais turistas que residentes e mais carga que Barcelona ou Amesterdão, Vítor Costa contrapõe dizendo que esses “estudos” deverão sim considerar a área metropolitana de Lisboa. E, nesse caso, verificarão que a população de Lisboa tem diminuído ao longo de décadas e que o turista tende a permanecer em Lisboa cinco dias (em média) – versus a permanência dos residentes.    “A nossa região tem 2,8 milhões de habitantes e recebeu 6,8 milhões de hóspedes em 2016. Ou seja, um rácio de 2,2 hóspedes por habitante”. Isto significa que a região recebeu em média “140 mil hóspedes por dia, o que representa uma utilização média diária do território de 1,4%”. Número muito abaixo dos 2,3% da grande Londres; ou mesmo dos 3,5% referentes a Barcelona e Praga e 4,3% em Amesterdão e “já nem falo em Veneza”.    Vítor Costa não considera que, mesmo acrescentando a este número os referentes ao Alojamento isso seja considerado um problema – face aos 2,8 milhões de habitantes.    O responsável caracteriza a região como detentora de “recursos turísticos extraordinários, uma marca extremamente forte e, simultaneamente, por ter uma distribuição não uniforme do turismo”. E refere que, enquanto o município de Lisboa tem cerca de 70% de actividade há outros que não têm qualquer oferta hoteleira. Isto, para Vítor Costa, pode levar a duas estratégias. Uma, na linha de que ““Lisboa seca tudo à volta” poderá desviar-se o turismo da cidade para outros destinos – numa perspectiva de “Robin dos Bosques”. A alternativa será a de aproveitar atractividade da marca Lisboa, estratégia seguida nos últimos cinco anos e que já mostra resultados positivos. Sendo que agora existem melhores condições para lhe dar uma melhor continuidade. É o caso do Aeroporto do Montijo e as melhorias no Aeroporto Humberto Delgado, “sem os quais não só estagnaremos, mas entraremos em crise”, dado que “não teremos capacidade de assegurar o crescimento da procura para fazer face ao aumento da oferta”. Sem esquecer a melhoria dos transportes públicos, sem a qual “não é possível assegurar a mobilidade turística interna na região”. O responsável concluiu a sua apresentação afirmando que “sem oferta não vale a pena estimular a procura. Sem alojamento e sem outros serviços não há Turismo”.    in Opção Turismo

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16 November 2018

Congresso AHP: Frederico Costa alerta que “vamos ter maiores dificuldades em crescer”

Raul Martins afirmou anteriormente, em entrevista à Ambitur, que “quando olhamos para o futuro, quase sempre temos de olhar para o passado” e foi com esta visão que abriu o primeiro painel do Congresso da AHP, que revê os 10 anos de trabalho do Turismo de Portugal com o seu atual presidente, Luís Araújo, e os seus antecessores, entre eles Frederico Costa, que alerta que “vamos ter maiores dificuldades em crescer”.        Luís Araújo começou por revelar que, para si, “o Turismo de Portugal é uma criança e vai continuar a ser sempre”, pelo seu espírito jovem. “O facto de haver pessoas tão diferentes dentro do Turismo de Portugal, esta mistura de ADN, é claramente a fórmula da eterna juventude.”    Contudo, são já 10 anos de atividade turística. Uma verdadeira “maratona” para o presidente do Turismo de Portugal, que garante que “os momentos positivos que estamos a viver não têm exclusivamente a ver com o problema de outros países” pois procura-se Portugal, de norte a sul, ao longo de todo o ano.    Embora a sazonalidade esteja no nível mais baixo de sempre, para o responsável o que importa é “aumentar ou reduzir a competitividade do país enquanto destino turístico” e há todo um conjunto de fatores que afetam a competitividade: sejam os aeroportos, a promoção do destino, o Brexit, a formação de recursos humanos e a inovação.    Para o atual presidente, o futuro tem muito a ver com a “conetividade aérea” sem nunca “fechar portas”, a “capacitação interna das empresas e dos profissionais” e, sobretudo, “mostrar o país que somos na sua diversidade e complementaridade”.    “O que nós precisamos é de bom alojamento local, assim como de bons hotéis. O importante é trazer e conquistar esse segmento de alojamento para a legalidade”, refere sobre o AL. Luís Araújo acrescenta: “Portugal hoje acrescenta valor a quem nos visita, a quem investe, a quem vem estudar, a quem compra uma segunda casa. Temos de manter essa perspetiva de valor.”    As dores de crescimento do Turismo    Sobre o Turismo de Portugal, Frederico Costa congratula o organismo e garante que este juntou duas funções fundamentais: “O conhecimento da oferta e o conhecimento da procura. Tudo no mesmo espaço e tecto.”    Frederico afirma que “vamos ter maiores dificuldades em crescer” futuramente e que teremos de acertar esse crescimento: “Saber para onde vamos crescer porque o espaço é limitado.”    Acima de tudo é preciso “pensar fora da caixa” até porque apesar do Turismo ter vindo a “crescer espectacularmente ao longo do anos, estamos a desacelerar”, refere Frederico Costa interrogando se as empresas estarão preparadas para isso.    Para o administrador das Pousadas de Portugal, do Grupo Pestana, o que se passa no Aeroporto de Lisboa “é uma vergonha para Portugal” alertando que, hoje em dia, “os destinos fazem-se muito pela opinião das pessoas”. Sobretudo, deve-se “incentivar boa oferta hoteleira”.  in Ambitur

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16 November 2018

Congresso AHP: “A cidade de Lisboa tem uma necessidade essencial de preparar e articular produtos”

O pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, foi o local escolhido pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) para a 30.ª edição do Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo. Sob o tema “Turismo – Que Futuro Queremos?”, mais de 25 oradores convidados debatem as estratégias e objetivos para o setor.        O terceiro painel do Congresso centrou-se nas “Tensões, Conflitos e Oportunidades”. Reunindo diversos presidentes de câmaras municipais, debateu-se sobre a capacidade de carga ou a turistificação das áreas metropolitanas.    O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, focou-se na necessidade de aumentar os elementos de atração e retenção de turistas. Para o presidente da Área Metropolitana de Lisboa, a capital tem uma “necessidade essencial de preparar e articular os produtos”. O autarca defende que, apesar do esforço de “melhorarmos a nossa capacidade, e termos muito a fazer do ponto de vista das atrações e experiências, há limites”, referindo a importância dos turistas conhecerem outros destinos.    A ligação com os concelhos com os quais a capital faz fronteira foi também outra das questões abordadas. “É vital para a cidade de Lisboa que Almada e Cascais tenham sucesso”, considera Fernando Medina, acrescentando que a cidade tem de ter “capacidade, do ponto de vista dos operadores, de criar produtos complexos e mais estruturados”, até porque há “boas condições naturais de base” e uma “oferta cada vez mais qualificada”. O autarca refere que “temos de continuar neste trabalho de valorização de experiência e tornar os municípios mais atrativos.    Já para Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, o “turismo é gerador de emprego e criou riqueza”. Cascais tem “uma taxa de desemprego abaixo da média nacional” e o “desemprego jovem é mais baixo do que no geral”. No entanto, o autarca destaca a importância de “haver um esforço” por parte dos agentes económicos do setor “para melhorar as próprias remunerações do trabalho que são baixas”, acrescentando ainda que “temos de continuar a garantir um conjunto de outros fatores que nos tornem atrativos e competitivos”.    O responsável sublinha que a “maior guerra” que existe com os “agentes económicos ligados à hotelaria e ao turismo em geral” está relacionada com outra componente: o “preço. Nós continuamos a ser um destino barato” quando comparado com outros. Para o presidente da Câmara de Cascais, a “equação quantidade vs. preço” exige o “aumento da qualidade de serviço quer a nível da indústria, quer das responsabilidade do Estado”, seja ele local ou central. É neste sentido que Carlos Carreiras que vê como o concelho “poderá continuar numa liderança internacional.Temos que ter a perspetiva que o nosso campeonato é global”, conclui.  in Ambitur

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