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Notícias

29 July 2025

Opinião: "Andamos a brincar com o Fogo"

O turismo em Portugal é, desde há anos, um dos pilares mais robustos da nossa economia. Recebe investimento, cria emprego, gera receitas e, acima de tudo, projeta Portugal no mundo. No entanto, há um problema que não é novo, mas que se agravou nos últimos tempos: as condições de entrada dos passageiros não-Schengen nos principais aeroportos do país. Lisboa, Faro e Porto são, para milhões de turistas, o primeiro contacto com o nosso país. Esse contacto tem-se traduzido em filas intermináveis, tempos de espera inaceitáveis, passageiros a perder ligações e a levar uma imagem negativa e desmotivadora de Portugal. Desde a entrada em vigor desta medida que a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) tem vindo a alertar para esta situação. A AHP tem recebido relatos de associados que testemunham a frustração dos seus clientes à chegada. No caso de Lisboa e Faro, o problema tornou-se estrutural. Com o início do verão, a pressão nos aeroportos aumenta. Sabemos que os mercados norte-americano, brasileiro e britânico são estratégicos. Cada turista que perde uma ligação, que espera duas ou três horas para entrar em Portugal, é um embaixador que perdemos. E esta é uma perda não só em números, mas em reputação e competitividade. Não basta apostar na tecnologia - é preciso garantir meios e o suporte necessários para a fazer funcionar. O EES – Entry/Exit System, previsto para estar a funcionar em 2026, tem de ser acompanhada de meios humanos, formação e uma coordenação eficaz entre PSP, ANA Aeroportos, AIMA e Governo. O que está em causa não é apenas a eficiência e a segurança é também a credibilidade de Portugal. A hospitalidade começa quando o turista cruza a fronteira e tem o seu primeiro contacto com o nosso país e, neste momento, estamos a falhar. É tempo de agir com sentido de urgência, de forma articulada e com responsabilidade política e institucional. As entidades envolvidas têm de garantir que este verão não ficará marcado pela frustração e pelas desculpas. por Bernardo Trindade – Presidente da Associação da Hotelaria de Portugal in Publituris Hotelaria

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24 July 2025

Opinião: “Turismo de negócios: um ativo estratégico para os hotéis”

Há muito que ultrapassámos a ideia de Portugal como um destino “só” (que já não seria pouco!) de sol & mar e lazer. A par da nossa cultura, gastronomia, paisagens e pessoas, temos cada vez mais firme o nosso posicionamento como destino que organiza grandes, médios e pequenos eventos, desde festivais, desporto ou encontros religiosos em enorme escala, aventura ou casamentos…e crescente procura pela meeting industry. E é um facto que Congressos, convenções, incentivos e eventos corporativos têm sido um grande motor do nosso Turismo. Porque, naturalmente, não ocupam apenas salas de conferência. Ocupam quartos, geram consumo fora de época e criam, para o País e não apenas para o Turismo, valor económico, reputacional e estratégico. Os participantes de eventos gastam mais — em alojamento, restauração e experiências — e tendem a prolongar estadias, muitas vezes transformando a deslocação profissional numa oportunidade de lazer. Este segmento está longe de ser um nicho. É uma alavanca estruturante para a hotelaria. Permite esbater a sazonalidade, estabilizar a ocupação ao longo do ano e atrair um perfil de cliente com maior poder de compra. Os participantes de eventos gastam mais — em alojamento, restauração e experiências — e tendem a prolongar estadias, muitas vezes transformando a deslocação profissional numa oportunidade de lazer. O bleisure reforça o valor do segmento, trazendo hóspedes que voltam, não só em contexto profissional, mas também pessoal e familiar. Um congresso de mil pessoas movimenta transfers, enche restaurantes locais, dinamiza espaços culturais e ativa toda uma rede de serviços Não é demais recordar que o impacto económico vai muito além da unidade hoteleira. Um congresso de mil pessoas movimenta transfers, enche restaurantes locais, dinamiza espaços culturais e ativa toda uma rede de serviços — desde audiovisuais a produção de eventos, passando por guias, catering e experiências personalizadas. Cada euro investido em MICE multiplica-se na economia local e reforça a atratividade e notoriedade do destino. Portugal está particularmente bem posicionado, tem acessibilidade aérea, infraestruturas modernas, um clima favorável e uma reconhecida qualidade de serviço. Mas isso não é exclusivo. A concorrência internacional é grande. De resto, a evolução tecnológica impulsionada pelos eventos híbridos elevou o patamar de exigência em termos de conectividade, cibersegurança e soluções digitais. Mas também de conectividade entre transportes (ai as nossas redes de mobilidade e transporte…), resposta a picos de pressão sobre a saúde e segurança. O mesmo se aplica às exigências com a sustentabilidade: preferências por fornecedores locais, soluções logísticas de baixo impacto e eliminação de materiais descartáveis — práticas que não só respondem às expectativas dos organizadores, como elevam os padrões operacionais e posicionam os operadores como agentes ativos na transição verde. Por isso, se queremos manter — e reforçar — a nossa presença no radar dos event planners globais, precisamos de articulação institucional, promoção externa coordenada, incentivos fiscais competitivos, capacidade de adaptação dos operadores e investimento contínuo na formação de equipas. se queremos manter — e reforçar — a nossa presença no radar dos event planners globais, precisamos de articulação institucional, promoção externa coordenada, incentivos fiscais competitivos, capacidade de adaptação dos operadores e investimento contínuo na formação de equipas. De acordo com o último ranking da ICCA, continuamos a ser um dos destinos preferidos para congressos e convenções, ao ocupar a 9ª posição do ranking mundial e a 7ª no ranking europeu. Com o Porto a ocupar o 18.º lugar da tabela europeia e Lisboa no top 3, só atrás de Paris a nível europeu e em 3º lugar em termos mundiais. Estudos recentes sobre Lisboa e Porto confirmam a relevância deste segmento: eventos de negócios e desportivos geram os maiores picos de ocupação e forçam hotéis a estratégias de preço dinâmico, marketing digital segmentado e parcerias com organizadores. Mais ainda, mostram que o MICE obriga à inovação de produto, do design de salas imersivas e abre a porta a pacotes de city-break ou outros para acompanhantes. A aposta na meeting industry é, por tudo o que disse atrás, uma decisão estratégica. É reputação, é economia, é posicionamento do País. Se esta é uma indústria forte, todo o destino beneficia. Muito para lá de hóspedes nos hotéis, ganha-se escala, influência e inovação em várias indústrias e setores que servem a todos como resposta a desafios de crescimento. por Cristina Siza Vieira vp executiva da AHP »Este artigo foi publicado na edição 352 da Ambitur.

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21 July 2025

"Madeira, Algarve e Lisboa" lideram no turismo. Mas há regiões que "têm crescido muito na procura durante este verão"

Cristina Siza Vieira, da Associação da Hotelaria de Portugal, este no CNN Arena, no dia 18 de julho. A responsável da AHP afirmou que a Madeira, Algarve e Lisboa continuam no pódio de regiões que atraem mais turistas nacionais e estrangeiros. Ainda assim, existe regiões como "Alentejo, Oeste ou interior Norte" que "têm crescido muito na procura durante o verão, sobretudo pelo turismo interno".   Veja o vídeo em  "Madeira, Algarve e Lisboa" lideram no turismo. Mas há regiões que "têm crescido muito na procura durante este verão" - CNN Portugal

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17 July 2025

Connect: Hospitality Marketplace by AHP regressa a Lisboa em outubro

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) anunciou esta quarta-feira, dia 16, o regresso de mais uma edição do Connect: Hospitality Marketplace by AHP, que terá lugar no Meliá Lisboa Aeroporto, a 8 de outubro. Este marketplace tem como principal objetivo estreitar relações entre hoteleiros (buyers) e fornecedores (suppliers), estando aberto a hoteleiros — associados ou não associados da AHP. As inscrições decorrem até dia 26 de setembro. Segundo o comunicado, “esta edição tem já grande parte dos fornecedores confirmados, abrangendo áreas como Tecnologia, Telecomunicações, Banca e Seguros, Recursos Humanos, F&B, Amenities, soluções de Eficiência Energética, Manutenção e Limpeza, Têxtil, soluções de Casa de Banho, entre outros equipamentos e serviços, em diferentes áreas essenciais ao desenvolvimento do negócio”. Por fim, a AHP refere que esta edição, além de querer estreitar relações entre hoteleiros e fornecedores, pretende gerar oportunidades de negócio, promover o networking entre profissionais e facilitar o processo de aquisição hoteleira.

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