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Greve dos pilotos da TAP: hotelaria regista quebras de 5%

Apesar da greve dos pilotos da TAP ter acarretado elevados prejuízos para a companhia aérea nacional, o inquérito realizado pela AHP - Associação da Hotelaria de Portugal aos seus associados, confirma que o impacto da greve junto dos hotéis portugueses ficou aquém do inicialmente previsto.

A hotelaria nacional registou apenas 5% de quebras reais, isto é, de reservas que não foram recuperadas, ainda que 56% das unidades hoteleiras tenha registado cancelamento de reservas após o anúncio da greve dos pilotos da TAP.

Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva, adianta: “Felizmente, as quebras reais na hotelaria não confirmaram os números previstos inicialmente, uma vez que a adesão à greve foi bastante reduzida, mas não podemos esquecer que, mesmo assim, afetou negativamente a imagem e confiança de Portugal junto dos mercados internacionais. Em termos globais para toda a cadeia de valor do Turismo (incluindo a própria TAP) os prejuízos terão rondado os 90 milhões de euros”.

Segundo a mesma responsável, "Os efeitos da greve da TAP não foram sentidos de forma igual em todo o território. Contudo, pode-se tirar a ilação que a hotelaria nacional não ficou refém desta greve".

Segundo os dados apurados pelo inquérito da AHP, os mercados internacionais que mais efetuaram cancelamentos foram França (22%), Reino Unido (20%), Brasil (16%) e Alemanha (16%).

Do total dos hotéis inquiridos, 56% registaram cancelamentos e deste total, 43% afirmou que não teve novas reservas e apenas 32% respondeu afirmativamente. No entanto, 50% respondeu que os cancelamentos e as novas reservas não influenciaram a sua taxa de ocupação e apenas 38% respondeu que influenciaram. Destes últimos, dois terços confirmaram uma quebra na taxa de ocupação.

A região onde se registaram mais cancelamentos foi Lisboa (71%), seguindo-se o Centro (50%), Norte (47%) e o Alentejo (27%).

No que respeita às novas reservas, estas foram maioritariamente efetuadas em Lisboa (49%) e no Norte (32%). De destacar ainda o facto da influência dos cancelamentos e novas reservas na taxa de ocupação também ter sido mais notória em Lisboa.

O inquérito realizado pela AHP incluiu ainda questões relacionadas com o processo de privatização da TAP. Quando questionados sobre o futuro da empresa após a greve, 47% respondeu que o desfecho mais previsível será a reestruturação e despedimentos. À pergunta “A TAP deve ser privatizada?”, 68% respondeu que sim e apenas 21% indicou que a privatização não deveria avançar.

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