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Luís Araújo de olhos postos em 2019

A AHP – Associação de Hotelaria de Portugal convidou Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, para debater, no âmbito do seu Almoço de Associados, aquilo que em que o setor deve apostar em 2018 para ter um “Feliz 2019”.

 

REPTOS PARA 2019

Perante uma plateia de 50 hoteleiros, parceiros e profissionais do setor, o presidente da AHP, Raul Martins, começou por dar nota dos últimos resultados do AHP Hotel Monitor, ferramenta que monitoriza a performance dos principais indicadores da operação hoteleira em Portugal, mencionando que, a nível nacional, “os dados de 2017 acumulados a outubro indicam um aumento 15% no RevPAR, em resultado sobretudo do preço, que cresceu 10%, e de uma subida de 4% na ocupação, que se fixou, nestes 10 primeiros meses do ano, em 74%.” O responsável referiu que “enquanto os destinos mais maduros (como Lisboa, Madeira, Algarve e agora o Porto) atingem recordes em termos absolutos, os destinos mais jovens (como os Açores e o Minho) são autênticos campeões de crescimento”, dando como exemplo a Região Centro, que apesar da desgraça que protagonizou este ano conseguiu manter a tendência de crescimento, patente “num aumento de 7% em taxa de ocupação, de 11% em ARR e de uns espantosos 18% em RevPAR”.

 

Para o mesmo responsável, “se até aqui o repto foi o crescimento: como atrair mais turistas, como “pôr Portugal no mapa” – e as estratégias adotadas foram de inegável sucesso –  temperamos agora esse objetivo com uma nova palavra de ordem: sustentabilidade. Esbater a concentração da procura, aliviando as áreas mais pressionadas enquanto se levam os muitos benefícios que o Turismo traz a áreas que deles ainda não beneficiam; promover uma relação harmoniosa e proveitosa entre visitantes e visitados e trabalhar para uma atividade ambientalmente responsável e socialmente comprometida são os objetivos do crescimento sustentável”. Por outro lado, “aumentar a estadia média dos turistas em Portugal e a receita média por turista e garantir um serviço de qualidade” são ainda os reptos a trabalhar para um “Feliz 2019!”.

 

 

COMUNICAÇÃO

O Presidente do Turismo de Portugal iniciou a sua intervenção expondo que “2018 não está feito”, aludindo, durante a sua intervenção, aos pontos que correram melhor no ano que termina e aqueles que terão que ser trabalhados em 2018.
Em termos de balanço, Luís Araújo referiu que a campanha “Can’t skip Portugal”, lançada em abril deste ano, foi promovida em 21 destinos atingindo de forma orgânica 154 milhões de 130 países, sendo que os filmes da campanha foram visualizados por um total de 57 milhões de pessoas até à data. Junho protagonizou o lançamento de uma campanha complementar, “Can’t Skip Facts”, que mais do que atrair turistas visou promover o país para investir, para estudar e para viver. “A campanha chegou a 1.8 milhões de pessoas em Londres e 64 mil em Bruxelas.

Ainda sobre a estratégia de comunicação do Turismo de Portugal, Luís Araújo referiu que os 16.000 artigos e referências sobre Portugal registados em 2016 aumentaram para 24.510, apenas de janeiro a setembro deste ano, o que identificou como consequência do esforço conjunto dos vários players do setor.

 

 

DIVERSIFICAÇÃO

A estratégia para o Turismo português passa, cada vez mais, por “não colocar os ovos todos no mesmo cesto”. Nesse sentido, Luís Araújo deu nota de três eixos de ação para diversificar tanto a nossa oferta como a procura que nos chega.

Com o objetivo de criar mais destinos dentro do nosso país, Luís Araújo mencionou outra das campanhas desenvolvidas em 2017, “Ponha Portugal no mapa”, cujo objetivo foi mostrar a diversidade do nosso país, “levando um país diferente a todos os nossos mercados tradicionais”.

De acordo com o responsável, “a questão das acessibilidades é claramente uma prioridade“ para a captação de novos mercados emissores. “Exemplo disso é a quantidade de rotas que se alcançaram no Verão e Inverno de 2017, estamos a falar de mais 81 rotas. Como comparação, em 2016, tivemos 64 novas rotas, o que representa um total de 3,8 milhões de lugares adicionais para o país”, rematou o presidente do Turismo de Portugal. Dos novos mercados alcançados, Luís Araújo destaca os Estados Unidos, Canadá e China, todos com crescimentos anuais acima dos 30%.

Por último, outro dos caminhos para a diversificação passa por apelar a novos segmentos, com a captação de grades eventos internacionais na categoria MICE, com a plataforma Meetings in Portugal, a promoção do Turismo de Natureza (plataforma Portuguese Trails) e o Turismo Inclusivo (com a campanha All for All), e ainda a aposta no Turismo religioso.

 

 

DIGITALIZAÇÃO
Outro dos vetores de crescimento do setor passa pela digitalização, em linha com os objetivos da estratégia Turismo 4.0 e do novo Centro de Inovação, a inaugurar brevemente. Segundo Luís Araújo, “Portugal é já considerado um case study a nível mundial pela OCDE e OMT [nesta área]”, mas “melhorar a eficiência e eficácia dos agentes da hotelaria no mundo digital é essencial para a nossa competitividade”, sendo que “2018 será um ano de grande visibilidade para o nosso país, mas isso tem que se converter em venda”.

“Todos juntos somos muito mais fortes, pelo que queremos que em 2018 exista uma aposta conjunta na venda do destino e na rentabilidade das empresas”, concluiu.

 

FORMAÇÃO

A falta de recursos humanos a trabalhar no setor e de formação adequada foi outra das questões abordadas pelo presidente do Turismo de Portugal, que considera que “encontrar estratégias de retenção dos talentos nas empresas é um fator-chave para a valorização das profissões do setor”.

 

 

SOBRE O ORADOR

Luís Araújo é presidente do Turismo de Portugal desde 2016. O organismo que representa foi este ano distinguido com os prémios de “Melhor Organização de Turismo do Mundo”, “Melhores Campanhas de Promoção Turística” e ”Melhor Site Oficial de Turismo”, relativo ao site visitportugal.com.

 

SOBRE OS ALMOÇOS DA AHP

Os Almoços de Associados da AHP, já de longa tradição, são fóruns de prestígio e debate estratégico com interesse para a Hotelaria e para o Turismo em geral, contando habitualmente com a presença de um orador convidado. Já foram convidados da AHP, para lá de hoteleiros, entre outros, Manuel Caldeira Cabral, Ministro da Economia; Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo; Fernando Medina, presidente da C.M. Lisboa; José António Barros, presidente da Estrutura de Missão para a Capitalização das Empresas; Jorge Ponce de Leão, ex-presidente da ANA Aeroportos; Carlos Abade e Filipe Siva, vogais do Conselho de Administração do Turismo de Portugal; Paulo Magalhães, Assessor para a Comunicação Social da Presidência da República; João Espanha, sócio fundador da Espanha & Associados.

 

SOBRE A AHP

A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal é a maior associação patronal da indústria hoteleira, cujos associados representam mais de 60% do número de quartos da hotelaria nacional. A AHP é uma instituição centenária que promove um conjunto de serviços indispensáveis às pequenas e médias empresas, centrando a sua ação no negócio e futuro dos seus associados e tornando-a, assim, de maior relevância no espaço associativo. Foi reconhecida como Associação de Utilidade Pública em outubro de 2013.

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