MENU

LOGIN

Congresso AHP: Frederico Costa alerta que “vamos ter maiores dificuldades em crescer”

Raul Martins afirmou anteriormente, em entrevista à Ambitur, que “quando olhamos para o futuro, quase sempre temos de olhar para o passado” e foi com esta visão que abriu o primeiro painel do Congresso da AHP, que revê os 10 anos de trabalho do Turismo de Portugal com o seu atual presidente, Luís Araújo, e os seus antecessores, entre eles Frederico Costa, que alerta que “vamos ter maiores dificuldades em crescer”. 
 
 
 
Luís Araújo começou por revelar que, para si, “o Turismo de Portugal é uma criança e vai continuar a ser sempre”, pelo seu espírito jovem. “O facto de haver pessoas tão diferentes dentro do Turismo de Portugal, esta mistura de ADN, é claramente a fórmula da eterna juventude.” 
 
Contudo, são já 10 anos de atividade turística. Uma verdadeira “maratona” para o presidente do Turismo de Portugal, que garante que “os momentos positivos que estamos a viver não têm exclusivamente a ver com o problema de outros países” pois procura-se Portugal, de norte a sul, ao longo de todo o ano. 
 
Embora a sazonalidade esteja no nível mais baixo de sempre, para o responsável o que importa é “aumentar ou reduzir a competitividade do país enquanto destino turístico” e há todo um conjunto de fatores que afetam a competitividade: sejam os aeroportos, a promoção do destino, o Brexit, a formação de recursos humanos e a inovação. 
 
Para o atual presidente, o futuro tem muito a ver com a “conetividade aérea” sem nunca “fechar portas”, a “capacitação interna das empresas e dos profissionais” e, sobretudo, “mostrar o país que somos na sua diversidade e complementaridade”. 
 
“O que nós precisamos é de bom alojamento local, assim como de bons hotéis. O importante é trazer e conquistar esse segmento de alojamento para a legalidade”, refere sobre o AL. Luís Araújo acrescenta: “Portugal hoje acrescenta valor a quem nos visita, a quem investe, a quem vem estudar, a quem compra uma segunda casa. Temos de manter essa perspetiva de valor.” 
 
As dores de crescimento do Turismo 
 
Sobre o Turismo de Portugal, Frederico Costa congratula o organismo e garante que este juntou duas funções fundamentais: “O conhecimento da oferta e o conhecimento da procura. Tudo no mesmo espaço e tecto.” 
 
Frederico afirma que “vamos ter maiores dificuldades em crescer” futuramente e que teremos de acertar esse crescimento: “Saber para onde vamos crescer porque o espaço é limitado.” 
 
Acima de tudo é preciso “pensar fora da caixa” até porque apesar do Turismo ter vindo a “crescer espectacularmente ao longo do anos, estamos a desacelerar”, refere Frederico Costa interrogando se as empresas estarão preparadas para isso. 
 
Para o administrador das Pousadas de Portugal, do Grupo Pestana, o que se passa no Aeroporto de Lisboa “é uma vergonha para Portugal” alertando que, hoje em dia, “os destinos fazem-se muito pela opinião das pessoas”. Sobretudo, deve-se “incentivar boa oferta hoteleira”. 

in Ambitur

Voltar